Dylan Thomas

uma mística arca galês cantando ao sol


Por Andréa Santos  * 





Rompe a manhã, senil, semeada de escombros.
Perde-se o meio dia entre nimbos. Escura
Perde a tarde, sabendo a cinza e sepultura.

O poeta carrega a noite sobre os ombros.  1 

Per te, carissimo Giorgio Luti con affeto e reverenza. Grazie di tutti.


o homem e a existência:
A Metáfora Thomasiana.



A essência humana, a essência de um indivíduo [que é antes de tudo uma existência] é o ponto de partida a qualquer epílogo, interferência e conclusão de uma crítica que anseia mudar o conceito do leitor ao trabalho de Dylan Thomas.  2

“O homem é minha metáfora” [Se eu fosse titilado pelos tropeços do amor] é uma expressão que, literalmente levada em conta, implica numa divisão entre o homem e a existência. Um ideal diferenciado, onde nos permite estabelecer em Dylan Thomas a amplidão de seu cenário: feito de ligeiras observações diferenciadas de palavras secas, das colinas, das árvores, das garotas, dos vaga-lumes, dos azeites, dos grãos, do tudo e do nada. A ele, ser um indivíduo à parte e ainda separado de seu corpo, um homem à frente do seu próprio nascimento e de seu fluxo, que de alguma maneira já estava predestinado, significou um meio de planejar a sua vida. Uma via de conceber o mundo e o seu próprio trabalho como uma grande lembrança para se dirigir aos gêneros humanos

Dylan Thomas nasceu ao sul de Gales [Swansea] em 1914. Aos 39 anos, morreu na cidade de New York em novembro de 1953. Ele não era e nunca quis ser - um poeta isolado- um homem solitário, um desses escritores que demonstram um tipo de recato literário. Isso pode parecer contrastante com a sua exclusão aos movimentos literários principais ou secundários do século'20. Entretanto, ele não era divergente a nada em relação à idéia de uma literatura popular. Nem a idéia de sê-lo um poeta retroativo e tradicionalista pôde devidamente adaptá-lo ao bardo de Gales e de todo o mundo, tanto quanto pretendia ser considerado. Mas as suas concepções a cinema, rádio e televisão não são tão popularesca.

Podemos sentir este conceito em Under Milk Wood que simboliza fortíssima crítica ao jogo no rádio com características não somente assentadas a noite e a obscuridade, mas também, demonstra os passos e sonhos dos jogadores dentro do laconismo de seus pensamentos mais íntimos. Com tais características, ele enfrenta a problemática radiodifusora, indo além dos aspectos sociais, conseguindo trazer luz e a exposição na inconstância do tempo e lugar na narrativa. Junto com discurso provocativo, ele continuou a instigar e igualmente a responder aos meios de radiodifusão. Algumas dessas estações tinham muito pouco para realizar tal resposta: ora era o som, ora a imagem. Hoje, pode nos parecer estranho, todavia, na época, apenas duas estações de rádio - mais importante de jogos - continuamente falavam em inglês.

Em Under Milk Wood e Samuel Beckett's Embers a cegueira noturna e o torpor, os vícios, as chances receptivas do jogo são apresentados em condição sensorial momentânea ao ouvinte. Aqui o princípio de Under Milk Wood:

“[Silêncio]”
PRIMEIRA VOZ (muito suavemente)


É primavera sem lua numa cidade pequena, sem estrelas e lúgubre. Os operários taciturnos e de ombros caídos. De madeira claudicados, jogadores atrapalhados invisíveis até o abrunho negro, devagar, escuro, canto triste. Barco de pesca que sobe e desce mar. As casas são pretextos como diques (embora diques assistam a esta noite na embocadura penalizados, desfiladeiros aveludados) ou cegos como Capitão Cat, lá, no meio amortizado pela bomba e o relógio da cidade, as lojas em luto, o Welfare Hall nas cartas extras jogadas a mesa, ervas daninhas. Todas as pessoas no embalo e baralhada estão dormindo, agora, na cidade.  3

Era muito freqüente, Dylan Thomas usar palavras com sentidos enigmáticos [obscuro] em sua escrita: é sinônimo de insignificância e de origem. Ele empregara tão assiduamente que recorreu a variações e conceitos associados [sinônimos  4 ] como negro, sombrio e cego onde contribui na formação de extensos subconjuntos dum conceito, somente para dar diferentes tons ao mesmo pretexto e diferentes pontos de vista e sentimentos a cada palavra. Em Dark is a way and light is a place [Poem on his Birthday], Dylan chega a dar significativamente o simbolismo a dark e light. Isto é possível pelo uso - como nós podemos ver em Under Milk Wood - das combinações neológicas [sloeblack, crowblack a exemplificar] que fazem parte da linguagem poética thomasiana. Esta necessidade de alterar a fala canônica - o discurso com as prerrogativas de ser social e natural - coincide com a idéia separativa do ser ao homem. O tema reconhece que os pronomes "seu/sua" se aproximam do homem gerando uma nova condição a eles, causado pela transição de unidade a pluralidade, como o poeta põe em From lover's first fever to her plague :

E do primeiro declive da carne
Eu aprendi a língua do homem, para mudar as normas de pensamentos
Na linguagem pedregosa do célebro
Obscurecer e tricotar um remendo de palavras novamente
Deixado pela morte que em seus campos escuros,
Necessita do calor tépido de alguma palavra.
As raízes da língua concluem-se em um câncer metastático
Nada mais que nome, onde fantasias têm seu lado exclusivo.

Eu aprendi os verbos do desejo, e tinha meu segredo;
O código noturno tocou em minha língua;
O que tinha sido um, eram muitos sons benéficos.

Um útero, uma mente vomitou o corpo,
O seio sugara para terminar a febre;
Da dissolução do céu, eu aprendi a multiplicar,
As duas carcaças esféricas que giravam numa pontuação;
Milhões de mentes sugara tal alimento
Como aforquilhar meus olhos;
A juventude condensou; as lágrimas da primavera
Dissolvendo no verão e as centenas estações;
Um sol, uma maná, aquecido e alimentado.  5 


Com algumas vantagens, podemos observar o dobro de adjetivos de pedregoso [stony] no poema, tendo ali significado de monumentalidade a instituição, as regras sociais e políticas às quais uma sociedade tem que recorrer. Ao mesmo tempo, stony refere-se à lápide, o sepulcro, a morte semelhantemente a predestinação do ser. Mas ainda a linguagem pétrea se torna um epitáfio não somente pela escrita regularizada, mas, pelo comportamento social. A forma significativa é igualmente afirmada por "para mudar as normas de pensamentos" [to twist the shapes of thoughts], considerando que os seguintes ajustes serão com a biologia humana aonde o poeta vem representado com o uso de "carne" e "cérebro", "útero", "mente", "seio" e "febre", entretanto as duas partes primordiais as pessoas para Thomas são corpo e mente como demonstra em seu epistolário a Pamela Hansford Johnson.

O conjunto de sua fala é realizado por essas condições polivalentes [corpo e mente]. Se a importância semântica tem interpretações múltiplas, isto não significa que ela é ambígua ou contraditória. Em casos excepcionais, encontramos uma contradição na escrita de Dylan Thomas, isto sempre pode acontecer nas escolhas thomasianas. Jamais é um caso que pertença predominantemente ao ritmo poético dele. Quem ler Thomas é induzido a crer que a escrita dele de qualquer modo tem ausência de significado apropriado. Ora se crer na forte sonoridade dos textos dele, ora nas aliterações, chegando a concordar com alguns argumentos usados pela crítica. Esse tipo de linguajar tinha sido a causa e inspiração da maioria de suas escritas. Contudo, essa opinião pode ser falsa também - encontrei opiniões opostas em análises meticulossímas de cada texto e das suas cartas em The Collected Letters, p. 327-8 (Letter to Vernon Watkins, October 14 1938). Nesta coletânea, o poeta explica porque coloca "devilish" em vez de "small", "turbulent" ou "fugitive" em The tombstone told when she died (ver ainda em The Notebook Poems 1930-1934, pp. 161-3). Há muito do assunto no seu epistolário ao que concerne às reflexões sobre a relação conteúdo e imagem, especialmente no que diz respeito à delicada questão do criticismo thomasiano: a exemplo da para-rima usada nas estrofes poéticas deste galês. Outrossim, é interessante perceber uma mudança da poesia muito obscura a uma mais policromizada dum tipo de nenhures para uma circundante colocação mais e mais sublinhada. Até hoje, a escrita de Dylan permanece complexa, ou pelo menos, articulada do ponto de vista semântico. A tomarmos como exemplos os poemas Fern Hill e In my Craft or Sullen Art irá a princípio aparentar-nos ter uma estrutura simples, entretanto a interpretação deve ser cuidadíssima. Vejamos:

"Eu escrevo/Nesta página chuviscada"
Ainda:
"Eu trabalho cantando suave/ … por comuns pagamentos/ Dos seus [amantes] corações secretos"
No tempo em que:
"… os apaixonados, seus braços/Circundam a aflição de todas as épocas, / … sem pagar louvores ou recompensas /Nem dar atenção a minha arte ou ofício.  6 "

        O que assemelha uma excentricidade, simboliza uma atividade do poeta, uma função social devotada ao homem a qual tem freqüentemente conduzido os críticos a alterar suas próprias palavras ao leram a dedicatória de Collected Poems 1934-1952:

        Estes poemas, com todas as suas imperfeições, dúvidas e confusões são escritos pelo amor do Homem e em elogio a Deus.

        O que soou fingido nessa dedicatória era a objeção entre o poeta que amou beber, era mulherengo e possuía este curioso amor ao ser humano. Lendo as líricas de Dylan Thomas - cuja vida privada fora vasculhada como poucos escritores deste século -percebemos que ele não nos deixou aparecer o uso de álcool, com exceção de This bread I break lido pelo menos em alguma biografia em original. Depois, porém, os críticos explicar-nos-iam, de melhor modo, sobre cada curiosidade, em forma de tópicos, o que não fora incluso nas líricas thomasianas. Vindo associá-lo a um escritor capaz de escrever temas ousadíssimos a exemplo de outros poetas do século'20, e, ainda, disposto à crítica. Porém, não se encontra esse comportamento em suas cartas - nas missivas nos deparamos com um jovem homem pobre e sério com a sua esposa e um casal de filhos a alimentar de alguma maneira, aflito e humorado, levado pelos problemas diários e pelas reflexões e expectativas do mundo.

De qualquer modo, voltando às poesias, pode-se dizer - entretanto- que em In My Craft or Sullen Art há três tópicos principais: morte, sexo e poesia. O poeta escreve aos amantes porque fala a sociedade e aos seus membros. Onde num certo ponto de suas vidas, essas pessoas tornar-se-ão amantes; em outro momento estarão mortos. Em ambos os casos, elas conhecerão uma condição em que nem há quatro paredes e nem necessidade de ler poesia e, ainda, a precisão de se concentrar em nascimento e morte. Da origem a origem [a morte real e atividades pré-conceptuais] onde os amantes 'momentaneamente' não necessitarão de uma língua social compartilhada por toda sociedade. Não parece que eles terão necessidade de uma linguagem muito social. Nos seus balbucios, arrulhos e reinventando suas ecolalia e glossolalia, eles puseram significados em valores tonais substituindo algumas articulações. Formando um código privado eficacíssimo em que conceitos de uso diário são substituídos por aqueles de avaliação mútua ou desprazer, recíproca percepção, propósito e concordância. Por tal uma razão, as imagens de The towering dead e The griefs of the ages surgem no poema. Mais um motivo para o aparecimento comborçario é a sensação copulativa, é tocar no campo do pré-nascimento, é estar à beira da copulação. A aparente contradição de "… os apaixonados... / Que não exalta ou recompensa /Não dão atenção a minha arte ou ofício  7 " - deste modo, está solucionado a essência deles em relação à simbologia da vida, a reprodução e o amor contido em dedicatória de Collected Poems, gerando uma série de bons conceitos, embora, estejam representados de uma maneira articulada.

Fala-se ainda que a escrita de D. Thomas é apocalíptica. Mas, ele adotou essencialmente um estilo bíblico - e não necessariamente apocalíptico - estando muito consciente disto. Isso não era uma adoção temática momentânea, como vemos em Vision and Prayer. Assiduamente, 'Cristo' faz aparições nos textos de Thomas representando uma pré-figuração do cristianismo poético. Não se deve ver essa representação como mais uma pré-figuração do advento do filho de Deus a exemplo dos poetas pré-cristãos, profetas etc. Apesar disso, Cristo pode ser a pré-figuração do Segundo Advento, de quando veremos Deus "face a face", segundo a epístola de São Paulo aos Coríntios.

A exclusão de Dylan Thomas dos movimentos literários do século'20 está acompanhada por uma concepção de cristandade completamente à parte das igrejas e instituições, sem o valor ditado por qualquer homem e por quaisquer interpretações institucionais das Santas Escrituras. Verdadeiro Poeta como o era - para usar a expressão de Blake em Milton - ele não pôde, mas, conversar diretamente com Deus, que era o seu instrumento. Na obra thomasiana, há muitas passagens em que podemos observar a sua consciência na importância de uma linguagem Bíblica: It was my thirtieth year to heaven [Poem in October], I open the leaves at a passage of psalms and shadows [Over Sir John's Hill], Hymned o shrivelling flock [A saint about to fall], After the first death there is no other [Refusal To Mourn the Death, By fire, of a Child in London]. Seu estilo, todavia, não se curvou ao credo religioso institucionalizado, a exemplo do acontecido com T. S. Eliot. A sua finalidade era a reinterpretação da linguagem divina de modo direto, redesenhando adequadamente um novo vocabulário. Passagens em Under Milk Wood's como 'the sloeblack, slow, black, crowblack' ou os vários trocadilhos em Over Sir John's Hill e A Winter's Tale são alusões glossolalias, falara a Deus ou de Deus uma língua divina cuja lentidão no texto coloca-se ao lado, interrompendo sílabas, projetando-se no ar como um falcão sobre "Sir John's Hill" antes de e depois da deflagração silábica:

Um boné infantil
Sobre as vestes do Sr. John…


Para continuar reafirmando, os pássaros dispersados voam em mesma linha:

… sábia colina, e novamente os pássaros enganosos fogem
Para o embusteiro em fogo, o cume castrado, sobre asas de Towy,
Em um vento forte.


Como consta, o vocabulário da sociedade re-emerge e flui, agora tão disperso, num cenário sacrificante. Cada palavra então surge repetindo sua própria sonoridade e por um instante sentimos o tempo parar, a linguagem primeiramente retoma a posse da mundanidade: do onde e como, do urbano ou rural como acontece em nossa existência. Aqui, a voz através do poeta não diz o que fazer, porém julga com preocupação e reprovação ou profere sua benevolente exaltação às pessoas e aos acontecimentos. Este é o papel do poeta, o grandíssimo comunicador das massas, a testemunha que também é um repórter, atento aos fatos é os olhos do mundo e igualmente das colunas de jornais.

A poesia After the funeral é um tipo de manifesto. Pelas passagens seguintes o leitor pode entender, também, melhor, o que realmente significa o labor em In my Craft or Sullen Art. O poema After the funeral é dedicado a Ann Jones, um momento depois do funeral [Ann foi tia de Dylan]:

…sua morte era uma gota imóvel;
Ela não teria me penetrado no santuário
Dilúvio do seu celebrado coração; ela jazeria muda e funda
E nem precisa de druida no seu corpo quebrado).
Mas eu, o bardo de Ann crescido no lar, chamo a todos
Os mares para servir a essa virtude enclausurada
Balbuciando como uma bóia de sino sobre os principais hinos,
Saudando as paredes de samambaias e bosques ruços
Que o amor dela cante e dance numa capela marrom,
Abençoando seu espírito decaído com quatro pássaros cruzando.
A pele dela era branda como leite, mas esta celeste estátua
Com o peito selvagem e crânio santificado e gigante
É esculpida dela, num quarto com uma janela úmida
Encarniçadamente casa de luto em um tortuoso ano.
Eu sei que em suas mãos vis, acres e humildes
Mentiu com a religião em suas dificuldades, em seu puído
Sussurrando com palavras abafadas, as graças dela penetraram o vale,
A face de seu punho morreu apertada envolta de dor;
E esculpiram Ann aos setenta anos de pedra.
Estas nuvens ensoparam, mãos marmóreas, este soberbo
Argumento de voz cortada, gesto e salmo,
Atormentam-me para sempre sobre seu sepulcro
A estremeção sagaz contrai-se e brada Amor
E a samambaia suportando sementes seculares no peitoril de luto.  8 


Aqui, o poeta é uma testemunha do funeral e está atento ao que Ann gostava quando viva. No poema estão entrelaçados a linguagem amorosa e fúnebre, o acontecimento [a morte da tia e conseqüentemente o funeral] e as expectativas de vida [o 'regresso' da vida ao cemitério] trocam a centralidade até as últimas duas linhas. "Chamo a todos", na poesia, dá uma sugestão clara da pausa glossolalia - parada natural na tranqüila morte dela - relatando o acontecimento, vivendo-o e clamando o retorno à vida. Assim, Dylan descobre a sua esperança na humanidade na 'ressurreição' da morta.

Em The Conversation of Prayer a esperança assume principal valor central. Por duas razões: a ciclicidade e a experiência. O que é importante é a condição cíclica da experiência humana. Traduzido na desarticulação de duas vidas, cuja necessidade de comunicar-se com Deus possui diferentes motivos. Apenas, a idade dá ao homem uma situação diversa onde ele deve enfrentar em determinado momento de sua vida fatos que podem mudar suas perspectivas em relação à impotência. O jogo da morte e da vida desenvolve-se na obscuridade e no som de oração. Para cada movimento horizontal da criança corresponde ao movimento vertical do adulto, qualquer fundamento da criança corresponde um degrau no homem - como se sugerido por um pesadelo ou fantasia. O pensamento infantil expressado por sua oração é ascensão  9 em seu sono, admitindo em um movimento vertical em que ele começa imediatamente se afogando num pesar tão profundo quanto fizeram os seus [Drown in a grief as deep as his made grave] até que ele mesmo tenha que ascender os degraus a um pensamento morto [Stairs to one who lies dead]: troca de situações. Alegria, tristeza e indiferença escapam as expectativas. A predestinação do sepulcro não é o único elemento principal e significante, há continuações para o desconhecido onde coisas devem ocorrer e mover-se a algum lugar. Deste modo, a palavra 'grief' [em poemas como The griefs of the ages] não significa simplesmente uma predestinação de fato, mas apenas em um senso geral, na medida em que é um sentimento sem um específico conceito de vida objetiva, sem ter qualquer certeza que o amante [ou o ser humano] ainda está vivo ou não. Nesta transformação coletiva, há os mesmos elementos que caracterizam I dreamed my genesis. A via da experiência move-se na incerteza esperando uma resposta. O homem aguarda pelo seu destino desde da infância até o final da estrada. Nem tudo está predestinado como a copulação, o nascimento e a morte para Dylan Thomas. Além desta lógica, permanece o amor em "Love in the Asylum":

A noite trancou a porta com o seu braço e a plumagem
Dilema no leito confuso
Ela sonha a casa gabardina, aos paraísos com nuvens próximas.


A metáfora do homem assume todas as formas de um percurso existencial cansado, mas com sensualidade [num corpo sensual, brilhante e bonito] o poeta de Swansea torna-se o agente da expressão a existência do homem na peleja social pelo seu destino, pela sua existência atual e incerta.


 

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