A poesia After the funeral é um tipo de manifesto. Pelas passagens seguintes o leitor pode entender, também, melhor, o que realmente significa o labor em In my Craft or Sullen Art. O poema After the funeral é dedicado a Ann Jones, um momento depois do funeral [Ann foi tia de Dylan]:
…sua morte era uma gota imóvel;
Ela não teria me penetrado no santuário
Dilúvio do seu celebrado coração; ela jazeria muda e funda
E nem precisa de druida no seu corpo quebrado).
Mas eu, o bardo de Ann crescido no lar, chamo a todos
Os mares para servir a essa virtude enclausurada
Balbuciando como uma bóia de sino sobre os principais hinos,
Saudando as paredes de samambaias e bosques ruços
Que o amor dela cante e dance numa capela marrom,
Abençoando seu espírito decaído com quatro pássaros cruzando.
A pele dela era branda como leite, mas esta celeste estátua
Com o peito selvagem e crânio santificado e gigante
É esculpida dela, num quarto com uma janela úmida
Encarniçadamente casa de luto em um tortuoso ano.
Eu sei que em suas mãos vis, acres e humildes
Mentiu com a religião em suas dificuldades, em seu puído
Sussurrando com palavras abafadas, as graças dela penetraram o vale,
A face de seu punho morreu apertada envolta de dor;
E esculpiram Ann aos setenta anos de pedra.
Estas nuvens ensoparam, mãos marmóreas, este soberbo
Argumento de voz cortada, gesto e salmo,
Atormentam-me para sempre sobre seu sepulcro
A estremeção sagaz contrai-se e brada Amor
E a samambaia suportando sementes seculares no peitoril de luto. 8
Aqui, o poeta é uma testemunha do funeral e está atento ao que Ann gostava quando viva. No poema estão entrelaçados a linguagem amorosa e fúnebre, o acontecimento [a morte da tia e conseqüentemente o funeral] e as expectativas de vida [o 'regresso' da vida ao cemitério] trocam a centralidade até as últimas duas linhas. "Chamo a todos", na poesia, dá uma sugestão clara da pausa glossolalia - parada natural na tranqüila morte dela - relatando o acontecimento, vivendo-o e clamando o retorno à vida. Assim, Dylan descobre a sua esperança na humanidade na 'ressurreição' da morta.
Em The Conversation of Prayer a esperança assume principal valor central. Por duas razões: a ciclicidade e a experiência. O que é importante é a condição cíclica da experiência humana. Traduzido na desarticulação de duas vidas, cuja necessidade de comunicar-se com Deus possui diferentes motivos. Apenas, a idade dá ao homem uma situação diversa onde ele deve enfrentar em determinado momento de sua vida fatos que podem mudar suas perspectivas em relação à impotência. O jogo da morte e da vida desenvolve-se na obscuridade e no som de oração. Para cada movimento horizontal da criança corresponde ao movimento vertical do adulto, qualquer fundamento da criança corresponde um degrau no homem - como se sugerido por um pesadelo ou fantasia. O pensamento infantil expressado por sua oração é ascensão 9 em seu sono, admitindo em um movimento vertical em que ele começa imediatamente se afogando num pesar tão profundo quanto fizeram os seus [Drown in a grief as deep as his made grave] até que ele mesmo tenha que ascender os degraus a um pensamento morto [Stairs to one who lies dead]: troca de situações. Alegria, tristeza e indiferença escapam as expectativas. A predestinação do sepulcro não é o único elemento principal e significante, há continuações para o desconhecido onde coisas devem ocorrer e mover-se a algum lugar. Deste modo, a palavra 'grief' [em poemas como The griefs of the ages] não significa simplesmente uma predestinação de fato, mas apenas em um senso geral, na medida em que é um sentimento sem um específico conceito de vida objetiva, sem ter qualquer certeza que o amante [ou o ser humano] ainda está vivo ou não. Nesta transformação coletiva, há os mesmos elementos que caracterizam I dreamed my genesis. A via da experiência move-se na incerteza esperando uma resposta. O homem aguarda pelo seu destino desde da infância até o final da estrada. Nem tudo está predestinado como a copulação, o nascimento e a morte para Dylan Thomas. Além desta lógica, permanece o amor em "Love in the Asylum":
A noite trancou a porta com o seu braço e a plumagem
Dilema no leito confuso
Ela sonha a casa gabardina, aos paraísos com nuvens próximas.
A metáfora do homem assume todas as formas de um percurso existencial cansado, mas com sensualidade [num corpo sensual, brilhante e bonito] o poeta de Swansea torna-se o agente da expressão a existência do homem na peleja social pelo seu destino, pela sua existência atual e incerta.