somewhere i have never travelled, gladly beyond any experience,your eyes have their silence: in your most frail gesture are things which enclose me, or which i cannot touch because they are too near your slightest look will easily unclose me though i have closed myself as fingers, you open always petal by petal myself as Spring opens (touching skilfully,mysteriously)her first rose or if your wish be to close me, i and my life will shut very beautifully ,suddenly, as when the heart of this flower imagines the snow carefully everywhere descending; nothing which we are to perceive in this world equals the power of your intense fragility:whose texture compels me with the color of its countries, rendering death and forever with each breathing (i do not know what it is about you that closes and opens;only something in me understands the voice of your eyes is deeper than all roses) nobody,not even the rain,has such small hands nalgum lugar onde jamais passei, muito além de toda a experiência, vive o silêncio dos teus olhos: em teus gestos mais frágeis há coisas que me envolvem, ou não consigo tocar, de tão próximas que estão. teu mais leve olhar por inteiro me desvela inda que eu me feche, como as mãos se fecham, tu me abres sempre, pétala por pétala, como a Primavera (tocando com mestria e mistério) abre sua primeira rosa ou se me quiseres fechar, minha vida e eu nos fecharemos, belos e repentinos, tal qual o coração dessa flor imagina a neve suave a cair por toda a parte; nada que percebemos neste mundo iguala a força da tua fragilidade intensa: sua textura arrebata-me com as matizes de seus países ecoando a morte e a eternidade a cada sopro. (não sei o que há em ti que é capaz de abrir e fechar, mas algo em mim percebe que a voz dos teus olhos é mais profunda que as rosas) ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas. trad. de Gisela Almeira e Mônica Magnani Monte in Letras em tradução, PUC-Rio, Depto. de Letras, 1994, p. 44, 45. | ||
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