à rememória de Oswa1d de Andrade
que é
uma
viagem

?


upa
upaupa: ir
indo

foraforafora


volt; an domar
av
ilhoso sol

lua estrelas o todo, & um

(mais
grande que
mai

or pôde até
começar a ser)sonho
de; uma coisa: de
uma criatura que é


Ó

ceano
(todolugar
nada

mas luz e escuro; mas
nunca sempre
& quando) até
que um exato

aqui de atônito muito

agora, com que
milhares de (centenas
de) milhões de

ChorosQueSãoAsas


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insu lar ad o varand o ecobrindo U mav ezs obr emi m (hjoj ornal
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que é este man jar mademoiselle o d a sua luminosa me smo uma tímida (um se um mur múrio um lugar um esconde rijo) spede meta f ora ?la lune
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agora é um partir cujo capitão sou, you vela(-)me fora de dormir governo do que sonhou
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inquiridor da verdade siga não a vereda todas as veredas chegam onde a verdade aqui se esconde
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todo mundo feliz? NÓS NÓS NÓS & ao inferno com o infeliz que ficar a sós se você não pode tenso virgula propenso; ou 1 lei para os leões & bois é sábia)
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d (Na)a(D) d á(a) pode e xCed e r o m i SteR i o do s 0 sSeg 0
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mas aquiele eu já se fix ando no(vo) frio som bri(lh)o (murmúrio)" foi meu amigo" reme morando"& amizade é um milagre" seu nem sempre imaginavelmente maisquemuitogeneroso espírito. Sentimento único (jesusJ pendeomundotodo(bomdeus) por onde (cr isto) tal absoluto ausente
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porque isto é Época devoÉ mexe com a gente (& não a outra estrada curva) porque isto. é A bril Vivem a vereda própria as pessoas (no lugar de todomundomais) mas o que é quão maravilhoso meu Amor é isto que você & eu somos mais que você & eu (for ca us aque Isto é nós)
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você e eu podemos não apressar isto com milpoemas meu amor mas ninguém poderá parar isto Com Todos Os Policiais No Mundo
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feras ex(e tantas no nosso primevo) selvagens falaram humanas palavras — nosso segundo veio fazer pedras cantarem como aves — mas oh o quasarmudo silêncio com que a nossa terceira vez
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"nada" o homem injusto se queixa "é justo" ("ou in-" o justo rejeita
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annie morreu outro dia nunca foi ali como uma rotina — aque, entre as suas bonecas, matou antes ("não conte pra sua mãe") a teve; fazendo annie levemente louca mas muito bonita no leito — santos a sátiros, sigam vossa sina jovens e virgens: deixem-nos n'ave-maria
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cristo mas eles são poucos todos (além conta ou desconta) bom troco coisas encantam bomdeus como ele canta o robin (mudo que estará conta uma lua ou duas, oco)
NOTA: Quando eu levei algumas (dessas) tentativas de tradução do cummings pro Lívio Tragtemberg, ele me fez uma observação que eu acho importante transcrever aproximadamente: "Veja voce: o cummings é um dos autores mais acusados de formalismo e, no entanto, traduzindo seus poemas a gente vê que, como os recursos formais que ele usa (e suas gamas de conotações) não podem ser completamente reproduzidos ou compensados no português, temos que, muitas vezes, nos conformar com um mínimo desses recursos (e conotações), atendo-nos ainda ao que há de linear, discursivo, 'conteudístico', para não perdermos a viagem." "Conteúdo" pra quem não está com tudo. Por isso é que as traduções que se fazem por aí, cheias de "conteúdo", são as que menos se aproximam da riqueza do original. O formalismo é antes essa preocupação com o "conteúdo", do que com a forma que é fundamental, como se vê nestes poemas. cummings é antes sutil, do que útil. Agora, eu que traduzo, e o Lívio é que faz uma observação importante como esta! Pois é. Parodiando o Caetano Veloso, a arte não é pessoal mas a gente se vê pessoalmente.

trad. Júlio Mendonça
in revista Escrita, nº 30, 1980, p. 14 - 18.
Û Ý ´ ¥ Ü *  e-mail: Elson Fróes