SONETO Não será sempre assim... Quando não for; Quando teus lábios forem de outro; quando No rosto de outro o teu suspiro brando Soprar; quando em silêncio, ou no maior Delírio de palavras desvairando, Ao teu peito o estreitares com fervor; Quando, um dia, em frieza e desamor Tua afeição por mim se for trocando: Se tal acontecer; fala-me. Irei Procurá-lo, dizer-lhe num sorriso: "Goza a ventura de que já gozei:" Depois, desviando os olhos, de improviso, Longe, ah tão longe, um pássaro ouvirei Cantar no meu perdido paraíso. trad. Manuel Bandeira in Estrela da vida inteira, José Olympio Editora, 1986, p. 359. | ||
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