For an old friend

What became of your novel with the lunatic mistaken f or an undercover agent, of your investment of the insistently vulnerable with a tender of response, your thoughtful wish that British letters might do better than Peter Russell - Last time I saw you, protesting in London railway station that all was changed, you asked for a tenner to get back to Bexhill-on-sea do you ever think of me.

Para um velho amigo

Que foi feito de seu romance do lunático confundido com um agente secreto, do seu esforço dos insistentemente vulneráveis com oferta de resposta, seu desejo cuidadoso que as letras Inglesas tivessem mais êxito que Peter Russell - A última vez que o vi, em protesto na estação de trens de Londres tudo aquilo parecia mudado, você pediu dez libras para voltar para Bexhill-on-sea. Você alguma vez pensa em mim.
Tradução: Virna Teixeira

The Conspiracy

You send me your poems, I'll send you mine. Things tend to awaken even through random communication Let us suddenly proclaim spring. And jeer at the others, all the others. I will send a picture too if you will send me one of you.

A Conspiração

Envie-me seus poemas, enviarei os meus. As coisas tendem a despertar até entre uma mensagem, a esmo Deixe-nos subitamente proclamar a primavera. E rir dos outros. Todos os outros. Também mandarei um retrato meu Se você me enviar o seu.
Tradução: Virna Teixeira

Place

Your face In mind,
slow love Slow growing, slow To learn enough Patience to learn To be here, to savor Whatever distance is Out there, without you Here, here By myself

Lugar

Sua face Na mente, lento amar Lento crescer, lento Para aprender o suficiente Paciência para aprender A estar aqui, apreciar O que seja a distância Lá fora, sem você Aqui, aqui Sozinho.
Tradução: Virna Teixeira

Four

Before I die. Before I die. Before I die. Before I die. HOW THAT FACT OF seeing someone you love away from you in time will disappear in time, too. . Here is all there is, but there seems so insistently across the way. . Heal it, be Patient with it - be quiet. Across the table, years.

Quatro

Antes da morte. Antes da morte. Antes da morte. Antes da morte. COMO O FATO DE ver alguém que você ama longe de você, no tempo desaparecer no tempo, também. . Aqui é tudo o que resta, Mas ali parece atravessar tão insistentemente o caminho . Cure-se, tenha paciência fique quieto. Através da mesa, os anos.
Tradução: Virna Teixeira
e Manoel Ricardo de Lima

Song

I wouldn't embarrass you ever. If there were not place or time for it, I would go, go elsewhere, remembering. I would sit in a flower, a face, not to embarrass you, would be unhappy quietly, would never make a noise. Simpler, simpler you deal with me.

Canção

Eu não envergonharia você nunca. Se não houvesse espaço ou tempo para isto, Eu iria, iria para outro lugar, lembrando. Eu sentaria em uma flor, uma face, para não envergonhar você, seria infeliz quieto, não faria nunca um barulho. Mais simples, mais simples você lida comigo.
Tradução: Virna Teixeira

Love

There are words voluptuous as the flesh in its moisture, its warmth. Tangible, they tell the reassurances, the comforts, of being human Not to speak them makes abstract all desire and its death at last.

Amor

Há palavras voluptuosas como a carne na sua umidade, seu calor. Tangíveis, elas falam das confirmações, dos confortos, de ser humano. Não dizê-las torna abstrato todo desejo e por fim sua morte.
Tradução: Virna Teixeira

Goodbye

Now I recognize it was always me like a camera set to expose itself to a picture or a pipe through which the water might run or a chicken dead for dinner or a plan inside the head of a dead man. Nothing so wrong when one considered how it all began. It was Zukofsky's "Born very young into a world already very old..." The century was well along when I came in and now that it's ending, I realize it won't be long. But couldn't it all have been a little nicer, as my mother'd say. Did it have to kill everything in sight, did right always have to be so wrong? I know this body is impatient. I know I constitute only a meager voice and mind. Yet I loved, I love. I want no sentimentality. I want no more than home.

Adeus

Agora eu reconheço era sempre eu como uma câmera programada Para se expôr para um quadro ou um cano pelo qual a água pode correr ou uma galinha morta para o jantar ou um plano dentro da cabeça de um homem morto. Nada tão errado quando se considerava como tudo começou. Foi de Zukofsky "nascido muito jovem em um mundo já muito velho..." O século já corria quando eu entrei e agora que está acabando, Eu percebo que não demoraria. Mas não poderia tudo ter sido mais gentil, como diria minha mãe. Tinha que destruir tudo que surgiu, o certo tem sempre que ser tão errado? Sei que este corpo é impaciente. Sei que represento apenas uma voz e uma mente magras. Porém amei, amo. Não quero sentimentalismo. Nào quero nada além do lar.
Tradução: Virna Teixeira

 

 

BIOGRAFIA

O poeta norte-americano Robert Creeley nasceu em 1926 na Carolina do Norte. Creeley foi um dos membros da geração conhecida como "poetas da Black Mountain" (por causa do suplemento literário de mesmo nome) que floresceu nos anos 50 e 60. Um dos fundadores da teoria do verso projetivo, procurou transmitir sua energia emocional e intelectual direta e espontaneamente, usando ritmos naturais da fala na sua poesia e linhas determinadas para pausas na respiração. Desde a publicação da sua antologia "For Love: Poems 1950-1960" em 1962, teve mais infuência que qualquer dos seus poetas contemporâneos nas gerações seguintes, tendo inspirado o movimento da "L=a=n=g=u=a=g=e poetry" nos Estados Unidos. Robert Creeley faleceu em 30 de março de 2005.



veja também: Robert Creeley: ou, a poética da respiração concisa por Rodrigo G. Lopes.



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