QUASE
		


	
como avesso de
		      flor
o brilho maldito
que agora
	   fito
atravessa a carne viva
do papel
	   vazio

como impasse de
		      mágica
a palavra funciona
de sangue

escultura de quase
	   grito
delírio de
		     quase
brando

a palavra quase
taça de 
	   abrigo
   em
	   campos minados
 a espera de um 
	   quase louco
		     predador
tocando harpas
 no território
	    inimigo
		
		
		 
Marcelo Montenegro

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